Preparação do solo Pode utilizar-se um escarificador de bico curvo de ponta dupla, para uma lavoura profunda, fragmentar os torrões e destruir as ervas daninhas. No terreno, podem ser feitos camalhões com 1-1,25 m de largura.
Data de plantação/sementeira Quase todo o ano, embora recomende setembro-outubro.
Tipo de plantação/sementeira Em tabuleiros de sementeira em alfobre.
Germinação 4-7 dias com temperaturas entre 20-30ºC.
Faculdade germinativa (anos) 4 anos.
Profundidade 0,5-1 cm.
Compasso 60-70 entrelinhas x 50-60cm entre plantas na linha.
Transplantação 6-7 semanas depois da sementeira ou quando tiverem 5-10 cm de altura com 4-6 folhas (antes ou durante o mês de novembro).
Consociações Cenoura, alface, cebola, batata, espinafre, tomilho, acelga, hortelã-pimenta, salsa, funcho, aipo, alfazema, feijão, ervilha, pepino, beterraba, valeriana e espargos.
Rotações As plantas do grupo das solanáceas (tomate, beringela, etc.), cucurbitáceas (abóbora, pepino, aboborinha) são bons precedentes. Depois de retirada a couve, não deve voltar ao terreno durante pelo menos 5-6 anos. É uma boa cultura para terrenos em que o estrume ainda não esteja totalmente decomposto, podendo iniciar um esquema de rotação de culturas (embora seja uma cultura esgotante).
Amanhos Sachas, amontoas, tutoramento quando a couve ultrapassa 1m de altura, “mulching” ou empalhamento, monda de folhas amarelas.
Regas Por aspersão ou gota-a-gota, não deve faltar água, senão a planta entra em stress hídrico e começa a produzir flores e sementes.
Entomologia e patologia vegetal
Pragas Lagarta da couve, afídios (pulgão), larva-mineira, lesmas e caracóis, nemátodos, áltica, mosca-da-couve, nóctuas, traça- -da-couve e mosca-branca.
Doenças Míldio, oídio, alternariose, podridão, ferrugem branca, potra e viroses.
Acidentes Pouca tolerância á acidez, espigamento prematuro, necrose marginal, carências de boro e molibdénio.
Colheita e Utilização
Quando colher Cortam-se com uma faca ou tesoura de poda as folhas mais novas e tenras, assim que tiverem o tamanho aceitável, deixando algumas para estimular o aparecimento de folhas novas e com isso mais colheitas.
Produção 15-17 t/ha/ano
Condições de armazenamento 0-1ºC e 90-100% de humidade relativa, durante 1-3 meses, com CO2 e O2 controlados. No frigorífico aguenta bem dez dias e seis meses se for congelada.
Valor Nutricional Rica em carotenoides, flavonoides (45 formas) e clorofila, tendo boas quantidades de pró-vitamina A, vitamina C, B1, B2, B6, K e E, cálcio, ferro, magnésio, enxofre, cobre, bromo, silício, iodo, potássio e ácido fólico.
Usos Em saladas, quando colhida muito cedo, ou cozinhada ao vapor, quando as folhas são mais velhas e utilizadas em sopas (Sopa de Toscana “Ribollita”).
Medicinal Previne a incidência de alguns tipos de cancro (cólon, ovário, peito, próstata), pois tem na sua constituição glucosinolatos, que determinam o aroma e previnem o início do cancro. Tem efeitos antianémicos, bom funcionamento do intestino (comida para as bactérias do “Bem”), energéticos, remineralizantes, anti-inflamatórios e antibacterianos. Muito recomendada nas dietas detox.
Conselho de especialista
Deve plantar-se no outono-inverno (resistente a baixas temperaturas); dá-se mesmo nas zonas mais frias de Portugal. Depois de um dia com temperaturas baixas, as folhas ficam mais saborosas (devido à produção de açúcares na folha). Em Inglaterra, este tipo de couves estão no grupo das kales (couve de folhas): são variedades enrugadas, com folhas mais pequenas e recortadas e podem ter a cor roxa, são utilizadas em jardins como plantas ornamentais. O seu grande poder antioxidante torna esta couve um alimento medicinal que combate o cancro. O único problema é que a couve é uma planta “desgastante”, que precisa muito de azoto e outros nutrientes indo retirá-los ao solo, empobrecendo-o.
Poderá fazer qualquer encomenda pelo email Algarsementes@sapo.pt tel:927620658